Análise do Texto: Efeitos de Sentido em Tirinhas e Artigos de Opinião

1. Do que se trata o texto?

O texto é uma aula sobre análise de efeitos de sentido em textos, com foco em dois gêneros: tirinhas (histórias em quadrinhos) e artigos de opinião. Discute como esses textos constroem significados através de recursos linguísticos e estruturais, destacando elementos como humor, crítica social, intertextualidade e uso estratégico de conectivos.

2. Principais assuntos abordados

Tirinhas

  • Ambiguidade semântica: Exemplo da expressão "fazer pelas costas" com dupla interpretação (literal e figurada)
  • Intertextualidade: Uso da referência ao Titanic para criticar políticas econômicas durante crises
  • Função do humor: Como o riso serve como veículo para crítica social e política
  • Repetição como recurso: Papel das repetições na construção do humor e representação da oralidade

Artigos de Opinião

  • Opinião vs. Conhecimento: Análise do texto "A Volta do Conhecimento" que contrasta opiniões infundadas com conhecimento especializado
  • Crítica social: Denúncia da valorização de "especialistas em opinar" versus profissionais qualificados
  • Recursos linguísticos: Uso de oposições e repetições para reforçar argumentos ("pela primeira vez")

Elementos transversais

  • Conectivos: Análise do papel das conjunções na construção de relações lógicas (ex: "e" como conjunção coringa)
  • Não neutralidade: Todos os textos carregam posicionamentos ideológicos dos autores

3. Ponto de maior atenção

A construção intencional de efeitos de sentido através de recursos linguísticos específicos, como:

  • Ambiguidade semântica nas tirinhas para criar humor crítico
  • Uso estratégico de intertextualidade para estabelecer paralelos históricos
  • Repetições como elemento estrutural tanto no humor quanto na argumentação
  • Oposição sistemática entre conceitos-chave nos artigos de opinião

4. Conclusões sobre o texto

  • Textos são construções intencionais que revelam posicionamentos ideológicos
  • Recursos linguísticos como ambiguidade e intertextualidade são fundamentais para produção de sentidos
  • Gêneros distintos (tirinhas e artigos) utilizam estratégias específicas para engajamento crítico
  • A análise textual requer atenção a elementos micro (conjunções) e macro (estrutura argumentativa)

Exemplos citados no texto

Tirinha 1 (Crítica política)

  • Ambiguidade: "fazer pelas costas" (sentido literal da placa vs. sentido figurado de traição)
  • Elemento visual: Placa reversível e camiseta com nome nas costas

Tirinha 2 (Titanic)

  • Intertextualidade: Paralelo entre a tragédia histórica e políticas econômicas contemporâneas
  • Crítica: "Não há botes para todos" como metáfora social

Artigo de Opinião

  • Oposição: "nevoa da opinião" vs. "celebração do conhecimento"
  • Repetição: Uso de "pela primeira vez" para enfatizar mudança paradigmática

Análise Resumida

A aula analisa mecanismos de produção de sentido em dois gêneros textuais. Nas tirinhas, destaca-se o uso criativo de ambiguidades e intertextos para crítica social humorística. Nos artigos de opinião, enfatiza-se a construção argumentativa através de oposições conceituais e recursos coesivos. Ambos os gêneros revelam como escolhas linguísticas e estruturais vehiculam visões de mundo.

Bloco de Análise Detalhada

1. Ideias Principais vs. Secundárias

  • Principais:
    • Textos como construções não neutras carregadas de intencionalidade
    • Ambiguidade como recurso central do humor crítico nas tirinhas
    • Conhecimento vs. opinião como eixo estruturante do artigo analisado
  • Secundárias:
    • Exemplos específicos de tirinhas
    • Menção a conectivos como elemento coesivo
    • Detalhes sobre repetição na oralidade

2. Paráfrase do Texto

A aula explora como tirinhas e artigos de opinião criam significados através de estratégias específicas. Nas histórias em quadrinhos, analisa-se o humor gerado por duplos sentidos e referências culturais, sempre com viés crítico. Nos artigos, examina-se a oposição entre argumentos baseados em fatos versus opiniões superficiais. Destaca-se que todos os textos, independentemente do gênero, revelam perspectivas ideológicas de seus autores através de escolhas linguísticas cuidadosas.

3. Inferências

  • A crítica nas tirinhas sugere uma desconfiança em relação à ética na política
  • O artigo reflete um contexto pandêmico onde especialistas ganharam protagonismo
  • A repetição valorizada nas tirinhas contrasta com o preconceito contra repetições em textos formais
  • Há um posicionamento implícito contra o neoliberalismo na análise da tirinha do Titanic

4. Questões Pertinentes

  • Como a multimodalidade (texto + imagem) amplia os efeitos de sentido nas tirinhas?
  • Quais riscos existem na oposição radical entre conhecimento especializado e opinião leiga?
  • Como o conceito de "intertextualidade" poderia ser aplicado ao artigo de opinião analisado?
  • Em que medida os recursos humorísticos das tirinhas limitam ou potencializam seu alcance crítico?

Tópicos Específicos Identificados

Efeitos de Sentido

  • Humor: Criado por ambiguidades semânticas (tirinha 1) e exagero na repetição (tirinha 3)
  • Crítica Social: Construída através de intertextualidade trágica (Titanic) e ironia política
  • Engajamento: Uso de conectivos para estabelecer relações lógicas entre ideias
  • Persuasão: No artigo, oposições binárias reforçam a tese central

Adequação (Conceito não abordado diretamente)

Texto original

O texto original pode conter falhas de gramática ou de concordância, isso ocorre porque ele foi obtido por um processo de extração de texto automático.
Texto extraído do video Leitura e Produção de textos - Os efeitos de sentido (LIBRAS)

Ola pessoal tudo bem? Na aula de hoje nós vamos discutir um pouco sobre os efeitos de sentido de vários textos distintos, mas sobretudo de dois tipos de textos que são as tirinhas e xagens e os textos de opinião, os artigos de opinião.
O objetivo é avaliar como esses efeitos de sentido são construídos nos textos de diversos atores sociais.
A gente parte do preço posto da linguagem como forma de interação, ou seja, não existe um texto que nunca regon um valor, não existe, portanto, um texto neutro.
É todo texto carrega em maior ou menor grau, a posição do seu autor.
Nesses textos que a gente vai estudar hoje, a gente vai ver que o autor está bastante presente com a sua visão de mundo.
Essa tirinha composta por dois quadrinhos diz no primeiro deles, não posso fazer sua campanha, já estou sendo pago para fazer a do Beltrano e esse sujeito que fala está carregando uma placa escrito Vote Beltrano.
O segundo personagem responde, não tem problema, você faz pelas costas.
Esse personagem se a gente olhar com atenção, ele tem um identificador, uma placa em um boton na roupa dele escrito full ano.
E o segundo quadrinho, então, o primeiro personagem volta dizendo não vai dar pelas costas eu faço do cicrano.
E aí ele vira a placa e atrás da placa que estava escrito Vote Beltrano, está escrito Vote Cicrano e na camiseta dele, na parte de trás, nas costas, está escrito Cicrano.
Então aqui a gente tem um exemplo de uma tirinha e o principal efeito de sentido produzido por essa tirinha é o humor, há um outro sentido, um outro efeito que fica claro que é a crítica, uma certa crítica social, a essa relação às vezes promisco entre cabeloitoral e figuras políticas, que são normalmente os candidatos.
É interessante a gente notar aqui no primeiro quadrinho está uma frase que gera uma certa ambiguitade e essa ambiguitade é a razão central desse humor pretendido com essa tirinha.
Então, quando o político candidato que está tentando contratar o cabeloitoral diz, não tem problema, você faz pelas costas, pelas costas pode ser interpretado de duas maneiras e é isso que traz o humor que provoca eventualmente o riso quando a gente ele é a tirinha.
Você faz pelas costas, significa do ponto de vista figurado, aquilo que a gente faz sem a outra pessoa saber, aquilo que a gente faz escondido, essa é uma expressão corrente da língua portuguesa e tem esse significado.
Só que na tirinha, aí que vem a graça, se explora o sentido literal da expressão fazer pelas costas além do sentido figurado.
Então, o sentido literal é o sentido concreto, então é o sentido de virar a placa e nas costas da placa está escrito o voto cicrano e nas costas da camiseta está escrito cicrano.
Então, essa ambiguitade entre o sentido literal e o sentido figurado provoca esse efeito humorístico na tirinha.
As tirinhas, como eu já disse, normalmente têm o objetivo de contê-lo tanto um efeito de humor quanto um efeito de crítica.
Normalmente é uma crítica social, vamos ver mais um exemplo.
Aqui a gente tem uma tirinha do caco galhardo onde vemos uma imagem de um navio se aproximando de o que parecem ser a esse berks.
Vamos ler o texto.
Senhor, a esse berks adiante, o Titanic não pode parar.
Final da história não há botes para todos e só os mais ricos sobrevivem.
Aqui a gente tem uma tirinha que explora um outro fator de textualidade que é a intertextualidade.
Então, a gente tem uma relação com a tragédia do Titanic e a tragédia que o mundo vive atualmente.
E muitos slogans são no sentido de que a empresa não pode parar a economia, não pode parar assim como o Titanic não podia parar.
E foi porque o Titanic não podia parar, porque o Titanic afundou o segundo que está expresso nessa tirinha que estamos lendo.
E isso, claramente, é uma crítica a essa posição que é uma posição intransigente de que a economia não pode parar e portanto as pessoas seriam mais importantes do que a própria economia.
E aí há uma espécie de moral da história, que o autor da tirinha chama de final da história.
Não há botes para todos e só os mais ricos sobrevivem, ou seja, que fica claro que ele está fazendo uma crítica a essa postura de parte dos governos mundiais de apelarem para a questão econômica.
E ele está deixando claro que não havendo botes para todos, só os mais ricos que vão sobreviver.
Foi exatamente o que aconteceu no Titanic, tanto é que uma expressão que tem sido usada bastante atualmente, é a questão dos músicos do Titanic, que enquanto o navio afundava continuaram tocando.
Bom, além desses efeitos de sentido aqui de crítica, temos também uma análise importante para fazer sobre essa última frase.
Não há botes para todos e só os mais ricos sobrevivem.
Então aqui eu queria ressaltar uma coisa que a gente já estudou nas semanas anteriores, que é a importância dos conectivos, ou seja, dessas palavras que ligam as ideias de um texto.
E eu gosto muito de trazer como exemplo tirinhas, porque há pouco texto, mas esse pouco texto é fundamental que seja bem compreendido.
Então aqui a gente tem duas ideias, não há bote para todos e só os mais ricos sobrevivem.
Qual é a relação existente entre essas duas ideias? Pense um pouco.
É uma relação de causa e consequência, certo? Então a gente pode dizer que no lugar daquela conjunção e que está lá expressa no quadrinho, a gente poderia colocar uma outra conjunção que dessa é essa ideia de consequência, de uma ideia em relação a outra.
Então uma dessas conjunções poderia ser logo, não há botes para todos, logo, só os mais ricos sobrevivem.
Outra conjunção possível seria como não há bote para todos, só os mais ricos sobrevivem.
Continua vendo essa relação de causa e consequência.
Uma outra possível seria não há bote para todos, por isso, só os mais ricos sobrevivem, ou seja, qual é a consequência de não haver bote para todos? Só os mais ricos sobreviverem.
É isso que está expresso aqui pela conjunção e.
Então eu quero lembrar para vocês da importância da gente verificar a relação entre as ideias.
Pode haver uma relação explicativa, pode haver uma relação de causa e consequência como a gente viu, ou uma relação de finalidade, ou uma relação de oposição entre as duas orações.
Então é importante que a gente vá sempre percebendo na leitura essas pequenas palavrinhas que não estão aí à toa.
E no caso, a conjunção e ela é uma conjunção que a gente chama de conjunção coringa, porque ela pode exercer muitas funções.
A gente pode dizer e querendo oufor duas ideias, querendo colocar a relação de causa e consequência e diversas outras relações possíveis.
Certo? Vamos para mais um exemplo.
Aqui a gente tem uma tirinha do Nikel-Náusea, o primeiro quadrinho, o ratinho diz.
Era uma vez um reino muito distante, mas era muito, mas muito distante mesmo.
Eu estaria mentindo se dissesse que o reino era perto, pois o reino era realmente distante mesmo.
Então, nesse reino muito distante, algo aconteceu.
E aí os ratinhos, filhotinhos que estão ouvindo a história dizem, um deles diz.
Ele tem medo da história acabar antes da gente dormir.
O efeito de humor aqui é provocado por uma relação com a realidade das crianças do mundo infantil, em que os pais, os avós, os responsáveis pela criança, normalmente contam uma história.
E tentam fazer que a história seja razoavamente comprida para que a criança caia no sono antes de chegar no fim da história.
Porque se a criança permanecer acordada quando chegar ao fim da história, aquele objetivo de contar a história para fazer a criança dormir não foi atingido.
Então, aqui existe uma relação humorística com esse fato.
E na tentativa de alongar a história o máximo possível, o que o ratinho narrador faz, é ficar repetindo o fato de o reino ser bastante distante.
E aqui, já que a gente tava falando de conjunção na atirinha anterior, a gente tem no segundo quadrinho a conjunção mass.
Mass era muito, mas muito distante mesmo.
E o mass que pode estabelecer uma relação de oposição como em eu estava cansada, mas fiz faxina na casa.
Então, a princípio existe uma oposição entre o fato de uma pessoa estar cansada e ela tem que se desgastar fisicamente para fazer faxina.
O mass, ele é bastante usado nesse sentido, só que nesse caso, aqui, ele não tem essa relação de oposição.
Ele é muito mais uma relação de adição que é bastante desempenhada pela conjunção e, mas que a gente viu que a conjunção e é bastante coringa e ela é usada com outros sentidos.
Então, o importante não é a gente saber apenas a conjunção e o seu valor tradicional, mas entender que, dependendo do texto, as conjunções vão ser usadas para fazer relações distintas entre as vezes.
Bom, aqui nessa tirinha também eu queria chamar atenção para um fato sobre a repetição.
A repetição não é sempre negativa.
A gente vê aqui que ela exerce um papel muito fundamental na construção de sentido da tirinha.
A repetição é, na verdade, o que causa o humor da tirinha? Porque repetindo essa informação, essa característica do reino, que o ratinho vai alongando a história, só que os filhotinhos já são capazes de perceber isso.
Então, aqui fica muito evidente que a repetição exerce um papel central na construção de sentido.
E, às vezes, a gente aprende, principalmente na escola, que a gente tem que evitar todo custo, a repetição.
Só que a gente não aprende que a repetição é constitutiva da língua de todas as línguas, principalmente na oralidade.
Então, guardem essa informação, que a oralidade é fundada pela repetição.
A gente está sempre repetindo.
Vocês podem reparar nessa aula que eu estou dando, em que eu uso predominantemente a modalidade oral? Como algumas palavras vão sendo repetidas, algumas construções linguísticas vão sendo repetidas.
Eu acabei de repetir, por exemplo, vão sendo.
A repetição é própria da oralidade, mas também ela é usada na escrita.
A gente viu aqueles exemplos de coesão lexical, em que se repete a mesma palavra.
É claro que, em textos escritos mais monitorados, que não sejam, por exemplo, matirinha, não é interessante que a gente repita tanto a mesma palavra.
É interessante que a gente diversifique, mas repetir uma ou outra vez uma palavra, uma expressão não faz com que o texto possa ser considerado um texto ruim.
Aqui, a gente vê como a repetição é importante para a construção do sentido e como ela está associada também a oralidade, porque aqui a gente tem a representação de um ratinho contando uma história.
Então, esse é o terreno da oralidade.
Bom, agora eu queria dar um exemplo de um texto escrito, um artigo de opinião do António Mônio aos Molina, chamado a volta do conhecimento.
O olho do artigo de opinião diz que tínhamos nos acostumado a viver na neva da opinião, mas hoje, pela primeira vez, desde que temos memória, prevalecem as vozes de pessoas que sabem e de profissionais qualificados e corajosos.
Só além do isso, a gente já vê uma oposição interessante que prevalecem as vozes de pessoas que sabem e de profissionais qualificados e corajosos.
Essas pessoas que sabem se opõem a neva de opinião, então ele diferencia, já nesse resumo do que vai ser o artigo de opinião dele, a questão da opinião versus o conhecimento, que é o próprio título do artigo de opinião.
Então, vamos lá.
Eu coloquei lá o link, caso vocês queiram ler o texto inteiro aqui, a gente vai ler uma parte do primeiro e do segundo paraagra-vos.
Pela primeira vez, desde que temos memória, as vozes que prevalecem na vida pública espanhola são as de pessoas que sabem.
Pela primeira vez assistimos à aberta a celebração do conhecimento da experiência e ao protagonismo merecido e até então inédito de profissionais de diversas áreas cuja mistura, de máxima qualificação e coragem civil, sustenta sempre o mecanismo complicado de toda a vida social.
Nos programas de televisão, em que até recentemente reinavam exclusivamente de certadores especializados em opinar sobre qualquer coisa, a qualquer momento, agora aparecem médicos de família, epidemiologistas, funcionários públicos que enfrentam diariamente uma doença que perturboa o tudo e que a qualquer momento pode atacá-los.
Todas as noites, as oito, nas ruas vazias, eclodem a plausos como uma tempestade repentina, dirigidos não ademagogos em busteiros, mas atrabalhadores da saúde, que até ontem cumpriam sua tarefa coçados por cortes continos, pela falta de meios, pelo desden, às vezes agressivo de usuários caprichosos ou resmongões.
Agora, exceto nos reduitos abituais, não ouvimos eslogans nem lemmas de campanha criados por publicitários, nem banalidades cunhadas por essa espécie de gurus, ou de aprendiz de feiti ser o que inventam estratégias de comunicação e que aqui também, que remédio, são chamados de spin doctors, charlatãs, trapaceiros, vendedores de fumaça.
Neste primeiro parágrafo, aquela oposição que eu comentei anteriormente fica bastante explícita, então ele vai comentando como, em vez desses dissertadores especializados em opinar sobre qualquer coisa, ou seja, pessoas que participam dos programas de televisão, mas que não são especialistas em nenhuma área, elas vão perdendo espaço atualmente com a pandemia para as pessoas que, de fato, são especialistas e que não estão dando opiniões, mas que estão fazendo pesquisa, estão falando de conhecimento.
Aqui, ele diz a aberta a celebração do conhecimento, o conhecimento se opõe neste artigo, a opinião, e ele exalta justamente a importância de o conhecimento ser atualmente nosso guia e não as opiniões.
E na última período do texto, ele coloca que os problemas vem justamente das pessoas que são ajudadas, por exemplo, pelos publicitários, pelos gurus, ou pelo que ele chama de aprendizes de feiti ser.
Ou seja, pelas pessoas que são especializadas na comunicação.
Então, essas pessoas que não estão falando de experiência própria do conhecimento, fruto da pesquisa, essas pessoas ficam no campo da opinião, esse campo que ele está criticando.
Ele diz que a gente sai da neva da opinião e passa para o conhecimento.
E aqui, neste segundo parágrafo, ele continua defendendo essa importância do conhecimento.
Então, ele diz a realidade nos obrigou a nos colocarmos no terreno até agora muito negligenciados dos fatos.
Os fatos que podem devem ser verificados e confirmados para não serem confundidos com delírios ou mentiras.
Os fenômenos que podem ser vendidos quantitativamente com o mais alto grau de precisão possível.
Tínhamos nos acostumado a viver na neva da opinião, da diatribe e sobre as palavras, do discrédito, do concreto e do comprovável, inclusive do aberto desdêmelo conhecimento.
O espaço público e compartilhado do real havia desaparecido em um turbilhão de bolhas privadas, dentro das quais cada um com a ajuda de matelo de celular elaborava sua própria realidade sob medida.
Seu próprio universo com o protagonista e centro era ele mesmo, era ela mesma.
Então, aqui, de novo, existe a oposição.
No início do parágrafo, ele começa falando da importância dos fatos e fatos que podem ser verificados e confirmados, que se diferenciam de delírios e mentiras, porque justamente podem ser verificados e medidas quantitativamente.
Antes desse momento, critica ele.
A sociedade vivia na neva da opinião e esse espaço público e compartilhado tinha desaparecido nas bolhas privadas associadas à tela de celular, em que cada pessoa recebendo as informações dentro do seu próprio mundo criava uma realidade que não corresponde segundo o autor do texto aos fatos verificáveis.
Então, aqui, ele vai permanecer na sua oposição.
Eu queria comentar para a gente terminar que a repetição também acontece neste texto escrito que é um artigo de opinião.
Você vê, já não é a toa que ele repete dos fatos e depois os fatos, é para frisar, para reforçar, para garantir a estrutura do texto.
E, neste primeiro parágrafo, ele repete a expressão pela primeira vez.
Pela primeira vez, assistimos a aberta a celebração do conhecimento.
Essa repetição também não é a toa.
Ele está falando justamente de uma mudança que está em curso, uma mudança que representa a volta do conhecimento, que é o título do artigo de opinião.
Bom, pessoal, espero que tenha ficado claro.
Depois que vocês quiserem, vocês podem ler o texto, que está disponível aqui neste link que eu coloquei para vocês e bons estudos para todas e todos.