O texto é uma aula sobre coesão textual, abordando seus conceitos fundamentais, mecanismos e importância na construção de textos claros e bem estruturados.
A distinção crucial entre coesão (elementos linguísticos superficiais) e coerência (construção de significado), exemplificada através de textos com coesão sem coerência e vice-versa.
A coesão textual é fundamental para a clareza e fluidez dos textos, operando através de mecanismos específicos que criam relações de dependência entre elementos textuais, sendo diferente mas complementar à coerência.
O texto apresenta de forma didática os conceitos fundamentais da coesão textual, destacando sua operação na microestrutura do texto através de cinco mecanismos principais. Utiliza exemplos concretos para contrastar coesão e coerência, demonstrando como esses elementos se complementam na construção textual. A abordagem enfatiza a importância desses recursos para produção e análise de textos eficazes.
A aula aborda a coesão textual como elemento essencial para organização das ideias no texto, atuando através de conexões linguísticas entre palavras e frases. Distingue-se da coerência (que trata do sentido global) por focar nos elementos superficiais que criam ligações entre partes do texto. São apresentados cinco mecanismos coesivos: referência (pronomes que retomam termos), substituição (troca por equivalentes), elipse (omissão recuperável), conjunções (conectivos lógicos) e relações lexicais (sinônimos, hipônimos). O texto enfatiza que coesão e coerência são complementares mas distintas, usando exemplos contrastantes para ilustrar essa diferença.
O texto destaca que a coesão opera através de mecanismos linguísticos superficiais (pronomes, conjunções, léxico), enquanto a coerência depende da construção lógica de sentido pelo leitor. Ambos são necessários para textos eficazes, mas independentes: um texto pode ser coerente sem elementos coesivos explícitos.
As conjunções são apresentadas como elementos cruciais para estabelecer relações lógicas entre ideias, com exemplos como "pois" e "porque" para relações causais, demonstrando como esses conectivos orientam a interpretação textual.
São detalhados cinco procedimentos distintos: referência (anáfora/catáfora), substituição (com redefinição semântica), elipse (omissão controlada), conjunção (conectores lógicos) e coesão lexical (sinonímia, hiperonímia, campos semânticos). Cada um opera com mecanismos linguísticos específicos para criar continuidade textual.
O Lá pessoal tudo bem? Agora nós vamos estudar na aula de hoje a questão da coisão textual, que é uma questão fundamental para a estruturação de textos que possam ser lidos, confluir desiclareza.
A coisão textual, que é uma questão fundamental para a estruturação de textos que possam ser lidos, confluir desiclareza.
A coisão textual, como a gente vai ver, opera na microestrutura do texto, ou seja, são palavras, normalmente não são palavras que significam conceitos, mas são palavras que falamos mais gramaticals, que estabelecem relações entre as ideias do texto, entre pequenas expressões e que são formas que precisamos ficar sempre atentos para construir um texto confluídoso e clareza.
E também para começar a reparar nos textos que a gente lê, como é que se dá a coisão textual? Vamos lá.
Então, aqui, o objetivo é, como eu disse, compreender o conceito de coisão textual nomeadamente a coisão referencial e a coisão sequencial.
A coisão referencial e a coisão sequencial são temas dos textos que eu pedi para vocês lerem nesta semana.
Então, eu vou focar um pouco mais em alguns mecanismos mais gerais que garantem a coisão sequencial e a coisão referencial de um texto.
Existem sete critérios de textualidade definidos pelos pesquisadores alemãs que estão citados aqui embaixo, um texto de 1981, mas é um texto bastante clássico e bastante usado na área de coisão e coisão e coisão textual.
Então, a gente, quais são esses sete critérios de textualidade? Então, o primeiro é a coisão, depois a gente tem a coerencia, a informatividade, as situacionalidade, a intertextualidade, a aceitabilidade e a intencionalidade.
Esses três serão temas diretos aqui das nossas aulas e a gente vai verificar como é que se dá tanto a coisão quanto a coerencia quanto a informatividade.
Esses são centrais, por isso que eles são inclusive os primeiros, os três primeiros citados pelos autores.
A coisão é a organização linear do texto, ou seja, acontece um encadeamento do texto e esse encadeamento que faz com que eu considere esse conjunto um texto, ele acontece pelos mecanismos de coisão.
Então, a coisão é responsável pela organização linear do texto e a coisão ocorre quando a interpretação de algum elemento no discurso é dependente de outro.
Então, existe uma palavra chave que é a dependência.
Então, um elemento depende de outro elemento e essa relação de dependência se dá pela coisão.
Um, pressupõe o outro no sentido de que não pode ser efetivamente decordificado a não ser por recurso ao outro.
Então, um elemento está ligado no outro elemento e a gente não pode dissociar esses elementos, porque um depende do outro e um pressupõe o outro.
Então, é importante a gente ter essa imagem mental quando a gente for trabalhar a questão da coisão.
A coisão, então, estabelece relações de sentido que a gente chama de laço ou helo coesivo.
A coisão e a coerência são conceitos distintos, apesar de serem conceitos que podem ser razoavelmente permeáveis, um em relação ao outro.
Então, em alguns momentos, a coerência pode se confundir com a coisão e vice versa.
Mas a gente estuda eles de formas distintas.
Então, a gente tem um exemplo aqui que mostra essa distinção.
Então, no primeiro, que são exemplos tirados do livro da COC 2010, do qual eu pedi para vocês leerem um capítulo.
Então, o primeiro é olhar fito no horizonte, apenas um marimento, nenhum sinal de vida humana.
Tentativa desesperada de recordar alguma coisa.
Nada.
Nesse texto, a gente pode dizer que há coerência.
Ou seja, lendo esse texto, a gente consegue entender o sentido dele.
A gente considera esse um texto bem formado.
Porque existe uma relação de sentido bem explícita.
O olhar fito no horizonte, apenas um marimento.
A gente vai fazendo inferências, como a gente já viu em aulas anteriores, a importância da inferência.
Então, a pessoa está olhando para o horizonte, nesse horizonte, tem um mar, não assinal de vida humana.
Tentativa desesperada de recordar alguma coisa.
Então, a pessoa está tentando lembrar de algo, mas não se lembra de nada.
Então, a gente vai produzindo inferências e esse texto é um texto coerente.
Porém, nesse texto não tem nenhum elemento coesivo.
Então, aquele laço ou helo coesivo que a gente viu no esladio anterior.
Não aparece aqui, ou seja, não há retomada em uma frase, por exemplo, essa segunda, ela não retoma nada desta daqui.
Quem faz a ligação de que, no horizonte, tem um mar, somos nós leitores.
Não há na superfície do texto, nada que faça essa relação textualmente.
Essa relação é feita na nossa cabeça, certo? Já no texto posterior, a gente tem uma outra realidade.
O dia está bonito, pois ontem encontrei seu irmão no cinema.
Não gosto de ir ao cinema.
La passam muitos filmes divertidos, que acontece nesse texto.
Aqui, a gente nem pode rigorosamente dizer que isso aqui é um texto.
Então, esse texto não tem marcas que me permitam calacificá-lo como texto.
Ah, mas o texto tem pois.
Ele tem, não gosto de alguma coisa.
Ele repete palavras, cinema, ou seja, tem aqui um pouco de coesão.
La passam muitos filmes divertidos, tem lá, certo? Mas esse texto, apesar de ter os elementos coisivos, eles não funcionam naquela textualidade, porque eles não funcionam.
Por motivos que vocês já devem ter percebido.
O dia está bonito, pois ontem encontrei seu irmão no cinema.
Qual a relação entre o dia está bonito e eu terem encontrado seu irmão no cinema? Não é uma relação expressa corretamente por essa palavra aqui.
Aliás, fica até difícil a gente imaginar uma relação possível entre essas duas ideias.
Aí, não gosto de ir ao cinema, mas encontrei seu irmão no cinema.
Eu não gosto de ir, mas eu estava no cinema, ou seja, outra incoerência.
Lá passam muitos filmes divertidos.
Ora, a inferência automática seria, se no cinema passam filmes divertidos, então eu gosto de ir ao cinema.
Não sei o que eu não gosto de filmes divertidos, que seria mais improvável, certo? Então, esse texto aqui, a gente diz que ele nem poderia ser considerado um texto, apesar dele ter coisão.
Esse exemplo eu usei para dizer para vocês que as ideias de coisão e coerências são distintas, porque é um texto coerente sem elementos coisivos, e aqui a gente tem um texto com elementos coisivos, mas sem coerência.
Bom, alguns mecanismos de coisão são a referência, a substituição, a elipse, a conjunção e a coisão lexical.
A gente vai ver cada um deles e alguns exemplos.
Então, primeiro, a referência, que tem a ver com a coisão referencial.
Então, a referência são itens que remetem a outros itens no texto.
Se um item faz referência, o item que veio antes, a gente tem um tipo de coisão que a gente chama por anáfora.
Se ele faz referência, alguma coisa que vem depois, a gente tem catáfora.
Essas palavras são importantes.
Quais são as palavras típicas que fazem a coisão referencial? Os pronomes pessoais, os possessivos, os demonstrativos e os adverbios.
Veremos que os estudos de acrônicos podem ser agrupados em dois grandes tipos.
Aqueles que estudam as mudanças no interior da mesma língua, isto é a história da língua portuguesa, e aqueles que consideram a gênesis de uma língua a partir de outra, por exemplo, a genealogia das línguas românicas a partir do latim.
Estes estabelecem o que se pode chamar a genética das línguas, enquanto os primeiros tomam como objetos suas histórias.
É um exército de um texto publicado por uma pesquisadora, que é a professora Charlotte Galves da Unicamp, e que ela conta um pouquinho o que é a mudança linguística e o que é a história da língua portuguesa.
Este parágrafo é bem interessante para a gente analisar a questão da coisão referencial.
A gente tem aqui algumas palavras marcadas e seria interessante a gente ver como elas estão construindo este tecido, que é o texto.
Então, a gente tem aqueles, aqueles o quê? Então, os estudos de acrônia exponem ser agrupados em dois grandes tipos.
Então, são os dois grandes tipos, aqueles que estudam as mudanças no interior da mesma língua e aqueles que consideram a gênesis de uma língua a partir de outra.
Então, são dois tipos e ela usa os pronomes demonstrativos para dizer quais são.
E depois, estes estabelecem o que se pode chamar de genética.
Estes quais? Este que veio por último, este aqui, que consideram a gênesis de uma língua.
E os primeiros seriam esses, certo? Que estudam as mudanças no interior da língua.
Então, é importante que a gente saiba que os pronomes demonstrativos, o estes, o neste, esta, eles fazem referência ao que veio imediatamente antes.
E os primeiros fazem referência ao anterior.
Então, essas são exemplos de coesão referencial.
Bom, outro mecanismo de coesão é a substituição.
A substituição, nada mais é colocar um item no lugar de outro elemento do texto.
Ou até mesmo de moração inteira.
Então, não necessariamente restituir uma palavra, mas a gente pode substituir o moração.
Ele é diferente da referência, porque há na substituição algum nível de redefinição.
A gente vai ver um exemplo.
Então, a identidade não é total.
Então, enquanto na referência, a gente teria mais ou menos isso, um elemento é igual a outro, como a gente viu, este recupere exatamente aquele ali.
Na substituição, não.
A gente tem uma redefinição.
Aqui tem um exemplo que é, Maria comprou uma caneta verde, mas Lígia preferiu uma lilás.
Esse uma aqui, ele está de alguma maneira se relacionando a caneta.
Certo? Está recuperando esse termo aqui.
Por isso é um caso de coesão.
Mas não é, ou por desculpa, que era caneta.
Mas o uma não é exatamente igual à caneta.
Por quê? Porque não é uma caneta verde, é uma caneta lilás.
Ou seja, a coesão pode tirar uma das características que estão ali associadas ao elemento e colocar outra como acontece nesse caso.
Então, a gente disse que a substituição tem algum nível de redefinição, porque não são estruturas exatamente idênticas como acontece na referência.
Outro mecanismo de coesão muito frequente é ellipse.
A ellipse é uma substituição por zero, ou seja, em vez de colocar um elemento no lugar, eu não coloco nada.
O elemento suprimido, esse elemento que eu tirei, sempre pode ser facilmente recuperado pelo contexto.
Isso é importante para a gente não fazer uma ellipse falsa.
É uma ellipse que causa problema na fluidez.
Então, essa frase, meu livro não está aqui, acompanhada da outra frase.
Sumil, pressupon que o que sumil foi meu livro, certo? Só que esse meu livro não está colocado nessa frase aqui de baixo, ou seja, ele está substituído por zero.
Então, isso é ellipse, só que o contexto permite que nós entendemos perfeitamente, nós entendamos perfeitamente que o que sumil foi o livro.
Uma outra mecanismo de coesão é a conjunção.
São todas as conjunções, a gente aprende na escola ainda dividido a orações subordinadas, orações coordenadas e o nome de todas as conjunções.
Mas aqui é importante a gente entender qual o valor que ela tem, então para a gente não é tão importante saber o tipo de oração, mas saber a relação que ela estabelece entre as orações.
Então, eu trouxe uma definição de conjunção, que seriam os conectores e as partículas de ligação, que estabelecem relações específicas entre elementos ou orações do texto.
Há alguns tipos principais, não há uma lista exaustiva, que seriam as conjunções aditivas, adversativas, causais, temporais e continuativas.
A gente vai ver um exemplo no próximo slide.
Então, das causais, o Inverno Noverão é devido ao Aquecimento Global.
Então, quando a gente está numa estação, que é o verão, está fazendo muito frio e as pessoas brincam, está fazendo o Inverno Noverão, a gente pode atribuir essa diferença de temperatura ao Aquecimento Global.
Uma maneira de dizer isso é como eu disse na primeira, como eu escrevi na primeira frase, e uma outra maneira seria, faz em verão no verão, porque ao Aquecimento Global.
Ou seja, qual é a causa de fazer em verão no verão, o Aquecimento Global? Então, esse porque a gente diz que é uma conjunção causal.
Outro exemplo, as crianças vem muita televisão, porque os adultos não conversam com elas.
Então, qual é a causa das crianças verem muita televisão? O fato de os adultos não conversarem com elas, de novo, um porque causal.
Como os adultos não conversam com elas, as crianças vem muita televisão.
Aqui é uma outra construção, mas de novo, a gente tem a mesma relação só que com a conjunção como.
Certo? Aqui eu tirei desse site, que é o ideal, e é muito interessante estar no final dos slide, que é o Cyberdúvidas da Lingo Portuguesa.
O último mecanismo de coesão é o mecanismo de coesão lexical, que a gente diz.
O mecanismo lexical tem a ver com a substituição de um termo lexical, de um termo que carrega sentido, por algum outro termo.
Então, no caso, a gente tem a primeira frase, são todos os exemplos retirados do livro da coque, que eu pedi para vocês leirem um capítulo mais para frente, mas esses estão na página 22, que vocês quiserem dar uma olhada lá.
O presidente viajou para o exterior.
O presidente levou consigo uma grande comitiva, ou seja, aqui a gente tem a substituição pelo mesmo termo, certo? O presidente o presidente.
No segundo exemplo, uma menininha correu ao meu encontro.
A garota parecia sustada.
Aqui a gente tem uma relação de sinonímia, certo? Em vez de repetir menininha, se troca por um sinônimo que seria a garota.
O avião ia levantar voo.
O aparelho fazia um ruído em surdecedor.
Aqui a gente tem a substituição de avião pela palavra aparelho, mas a gente for pensar, a aparelho é um grande conjunto de coisas.
Dentro de elas, o avião, certo? Mas podia ter outros aparelhos, por exemplo, um celular, também é um aparelho.
Quando a gente tem esse tipo de relação que uma coisa, é uma espécie dessa coisa maior, a gente tem uma relação que a gente chama de IPROMIMIA.
E essa relação é bastante frequente nos textos.
Principalmente nos textos acadêmicos, nos textos jornalísticos.
Aqui na quatro, todos ouviram um rumor de asas, olharam para o alto e viram a coisa se aproximando.
Então, coisa é frequentemente utilizada, palavras inespecíficas, palavras generalizantes como coisa, pessoa, são usadas para se referirem a alguma coisa no texto.
E a última, houve um grande acidente na estrada.
Desenas de ambulâncias transportaram os feridos para os hospitais da cidade mais próxima.
Aqui a gente tem um caso de coesão lexical pelo campo semântico das palavras.
Então, as palavras acidente, ambulâncias feridos, elas todas pertencem ao mesmo grupo de palavras.
E a gente faz a coesão assim.
Bom, aqui estão as referências bibliográficas.
Aqui é o site que eu comentei com vocês, que vocês podem sempre consultar, já deixem nos favoritos aí.
E o texto da Coke e da Charlotte Galves.
Pessoal, então, a aula de hoje teve como objetivo apresentar alguns mecanismos importantes de coesão e mostrar como eles operam efetivamente na construção de sentidos do texto.
Como a superfície de testual fica mais claro e mais fluida se a gente conhece esses mecanismos.
Espero que vocês tenham gostado e até a próxima.