O texto aborda estratégias para leitura eficiente de textos acadêmicos, enfatizando a diferença entre decodificação (habilidade técnica de leitura) e compreensão (entendimento profundo do conteúdo). Apresenta cinco estratégias fundamentais para melhorar a compreensão leitora.
Distinção entre a habilidade básica de ler palavras (decodificação) e a capacidade de entender significados, contextualizar informações e interpretar textos.
Habilidades como organização hierárquica de ideias, seleção criteriosa de detalhes, domínio de conceitos específicos e estabelecimento de relações entre conceitos.
Aplicação das estratégias em análise de texto que discute relações entre poder, discurso e linguagem.
A necessidade de desenvolver compreensão leitora profunda em detrimento da simples decodificação, com ênfase na capacidade de hierarquizar ideias, relacionar conceitos e atribuir significado pessoal ao conteúdo.
Processo de identificar e classificar informações por relevância, criando esquemas mentais que diferenciam conceitos centrais de complementares. Envolve uso de marcações e organização visual.
Reformulação do conteúdo em palavras próprias que demonstra compreensão, exigindo síntese de parágrafos em frases-chave e reconstrução coerente das relações entre ideias.
Preenchimento de lacunas informativas usando conhecimento prévio e contextual, necessário porque nenhum texto é completamente autoexplicativo.
Autoavaliação contínua durante a leitura através de perguntas sobre compreensão, relevância e conexões com outros conhecimentos.
Consciência ativa sobre o próprio processo de compreensão, permitindo ajustes como releitura de trechos ou busca de informações complementares.
No texto sobre Foucault: Ideia principal (poder se exerce através do discurso) vs. ideias secundárias (exemplos históricos, citação de Espinosa).
Original: "O poder também se faz no e por meio dos discursos" → Paráfrase: "Foucault demonstra que as estruturas de poder são construídas e mantidas através da linguagem".
Inferir que "dias trágicos" no texto refere-se ao contexto político brasileiro de 2016 (impeachment de Dilma Rousseff).
"Por que o autor considera o aspecto discursivo tão crucial para a manutenção do poder?"
Perceber que não se entendeu o conceito de "esvaziamento democrático" e voltar ao trecho para reler com mais atenção.
O texto apresenta uma abordagem pedagógica eficaz ao:
Como limitação, poderia aprofundar técnicas específicas para desenvolvimento de cada estratégia em diferentes gêneros acadêmicos.
Olá pessoal, tudo bem? Vamos hoje ver uma aula sobre algumas estratégias que a gente pode usar para ler e compreender os textos, principalmente os textos acadêmicos, de modo mais eficiente e efetivo.
Para isso, vamos utilizar alguns exemplos de textos que vocês já leiram na disciplina.
Vamos lá? Bom, o objetivo, como eu disse, é discutir algumas estratégias eficiente para a leitura de textos acadêmicos.
Vamos usar aqui uma reportagem que não podemos dizer que é exatamente um texto acadêmico, mas que ela tem um cunho mais científico para verificar esses exemplos.
Então, em primeiro plano, a gente precisa entender que a leitura, ela prescinde, ou seja, é obrigatório que a gente consiga desse fralteço.
Então, essa é a primeira questão importante.
Então, quando uma criança entra na escola, ela começa a aprender essa descifração.
Ela começa a entender que algumas formas que correspondem às letras e que essas letras formam palavras.
Então, ela faz um processo que a gente pode chamar antes da descifração de decodificação.
Ou seja, ela aprende que existe um código escrito e que esse código escrito precisa aprender a decodificá-lo para, então, conseguir chegar na etapa de descifração.
Essa é a primeira etapa que a gente chama, que seria uma etapa mais rudimentar, vamos dizer da escrita, da descifração da leitura, desculpe.
E uma outra etapa que é fundamental, que é nesse etapa que a gente tem que atuar aqui no curso, é a etapa da compreensão.
Então, a criança tem que ser capaz, depois de aprender a descifração, a compreender.
Isso é fundamental.
E é onde a gente vai trabalhar bastante aqui na disciplina, que a gente vem fazendo desde as primeiras aulas.
Para aprender e compreender, que não é basta desifrar um texto, preciso ler um texto, entender um texto e saber falar sobre aquele texto.
A gente tem aqui uma citação que eu gostaria de ler com vocês.
Então, a ênfase conferida compreensão leitora decorre do fato de que muitas pessoas, dentre elas alunos de ensino médio e superior, não entendem o que lê.
Então, aqui eu queria que vocês lembrassem da importância disso.
Então, muitos alunos não entendem o que lê.
O ensino médio e ensino superior.
Ou seja, vocês que estão na sua primeira graduação.
Também tem que levar em conta essa questão que os alunos chegam na escola.
Às vezes, no final do ensino médio, sem adquirir uma compreensão leitora suficiente, e eles chegam no ensino superior ainda assim.
Invista disso os professores têm de estar cientes de que não basta ensinar a ler.
é necessário que o aluno entenda a leitura feita e aprenda com o que ler.
Interpretando os conteúdos contidos no texto, atribuindo-lhes significado para que a leitura, enquanto a atividade cognitiva, compre o seu papel.
Então, a gente tem algumas palavras importantes aqui, que eu queria destacar, não.
O aluno tem que entender a leitura, certo? Então, não basta ensinar a ler, é preciso que ele entenda.
O aluno tem que aprender com o que ler.
Ele tem que interpretar os conteúdos que estão ali no texto, e ele tem que atribuir significado.
É só, após essas etapas, que a gente pode dizer que, verdadeiramente, um texto foi compreendido, e que a pessoa vai conseguir conversar sobre aquele texto e fazer avaliações sobre isso.
A gente vai, então, passar para ver como a flores, que é a autora desse certo que eu acabei de passar para vocês, que é de um texto que eu solicitei para vocês leerem durante esta semana, vai falar sobre o que são os bons leitores.
Então, os bons leitores, classificam e organizam os problemas encontrados no texto.
Os bons leitores optam por critérios estáveis e coerentes de seleção dos detalhes a serem considerados.
Atinge a nível de compreensão mais aprofundado e específico.
E aqui que eu destaquei dominam com maior qualidade e em maior quantidade os conceitos específicos de uma data área de conhecimento, certo? Então, isso significa que quanto mais a gente conhece sobre uma determinada área do saber, a leitura vai ficar muito mais fácil.
Um exemplo claro disso é assim, se você gosta, por exemplo, de futebol, para você vai ser muito mais fácil ler uma reportagem, um texto, ou mesmo assistir um documentário sobre futebol, do que para uma pessoa que não gosta de futebol, que não conhece futebol.
Então, esse é um exemplo banal de como isso é verdade.
E isso funciona também para os textos acadêmicos.
E por último, estabelecem relações adequadas de ordem, dependência, causalidade entre várias outras, entre conceitos específicos de um dado domínio.
Então, são essas as atribuições de um leitor de textos, um bom leitor de texto, um leitor de texto produtivo.
Então, a gente tem cinco estratégias de leitura que são fundamentais.
A primeira, separar ideias principais de ideias secundárias, a segunda, para frasear, que a gente vai ver mais detidamente o que significa, produzir inferências, certo? Fazer questões pertinentes sobre o texto e monitorar a leitura.
Um exemplo da primeira estratégia é esse que eu coloquei aqui para vocês.
Então, aqui, vocês nem precisam ler exatamente o que está escrito aqui, mas o que eu queria que vocês percebessem é que há trechos aqui em destaque, que a gente pode usar para separar essas ideias, ou seja, quando a gente usa uma caneta marca texto ou marcador mesmo no computador, a gente está, na verdade, preparando o nosso cérebro, o nosso entendimento, a nossa atenção, para começar a detectar ali naquele texto, o que é mais importante e o que é mais secundário? Então, eu não vou colocar o ato de grifar o texto como uma estratégia de leitura, mas sim, como uma ferramenta, é uma ferramenta prática que a gente pode usar para fazer essa separação das ideias principais e das ideias secundárias, mas a atividade, a estratégia em si é essa separação.
Um mal leitor tem dificuldade de fazer isso, porque ele generaliza demais as ideias de um texto.
Então, ele não consegue fazer um mirarquia e construir isso, essa ideia mais importante, essa ideia está vinculada a essa outra, e assim por diante.
Então, a capacidade de aprofundamento da leitura não é atingida.
Bom, a clareza do conteúdo permite que criemos esquemas mentais.
Então, quanto mais claro para a gente fica um determinado conteúdo do texto, mais fácil a gente criar esquemas mentais.
E os esquemas mentais necessariamente a gente constrói uma hierarquia.
E essa palavra hierarquia é fundamental, ela vai aparecer pela primeira vez aqui, nessa aula, mas ela vai voltar a aparecer quando a gente for falar, por exemplo, de coerença.
Então, a hierarquia permite que a gente faça uma construção como essa que está aqui no slide.
Então, a uma ideia principal, e a essa ideia principal, se vinculam algumas ideias que não são tão importantes, que são chamadas de ideias secundárias ou ideias acessórias.
Então, é assim que a gente vai dividir um texto e a nossa leitura.
Bom, a gente tem também a questão da relevância.
Quando a gente consegue fazer um esquema mental muito claro na nossa cabeça, a gente consegue perceber que existe um encadramento das ideias.
Então, a gente percebe que algumas ideias são mais relevantes.
Se a gente entende que essa ideia é relevante, isso cria um registro mental na nossa cabeça dessa ideia.
Por isso que usar, às vezes, um marcatecito é eficiente.
Criando esse registro mental, isso cria uma proeminência, ou seja, aquilo fica mais importante ali no nosso cérebro nas nossas funções cognitivas.
E isso permite que a gente consolide essa informação na nossa memória.
Então, não é uma simples atividade de decorar, mas é uma atividade registrar ideias que são relevantes, que são fundamentais para que a gente se apropri de fato dessas ideias.
Eu trago aqui um imagem que vocês já devem conhecer, que é uma cena do filme Toy Story 3, em que os brinquedos estão lá num lixão, e eles precisam ser separados, porque eles não são o lixo, certo? Então, existe uma forma de antes dessa cena de separar aqueles objetos que são metálicos, por exemplo.
E esses brinquedos precisam dar um jeito, dele serem registrados para eles ganharem proeminência, para eles poderem ser separados e eles poderem sobreviver.
Então, fica aí uma analogia com a importância da gente verificar a proeminência das ideias de um texto para que a gente consolide, para que a gente sobreviva, certo? Bom, a parafras e o que é a parafras e? A parafras implica a síntese de unidades textuais mais amplas, como, por exemplo, paraagrafos, certo? Então, eu consegui reduzir um paraagrafo em uma frase.
Então, este paraagrafo quer dizer isso.
Isso é uma capacidade que a gente diz de fazer para a parafras e.
O que mais? A parafras e vai resultar na produção de um texto, certo? Um texto feito por você, que está que é o leitor de um outro texto, de um artigo, de um capítulo, que seja embasado no texto proposto para a leitura, em que é possível clarificar os conteúdos ou as ideias do texto original, bem como suas interrelações.
Então, é aquele diagrama que eu mostrei para vocês antes que representam essas interrelações.
Então, a gente consegue fazer com uma parafras e uma representação mental do texto original de modo coerente e coeso.
Esse é o objetivo de uma parafras, produzir um outro texto.
E uma parte fundamental da estratégia leitura é a nossa capacidade de produzir inferências.
Eu trouxe aqui uma citação que diz que a inferência, o que que é, é um tipo de cálculo mental do leitor, realizado para completar ou complementar as lacunas textuais, sendo essa estratégia mobilizada na leitura de qualquer texto.
A necessidade de inferir, decorde, não existir texto algum que contém a tudo aquilo que intenta transmitir e informar argumentar.
Por isso, é certo que o leitor para entender o texto em profundidade precisa completá-lo.
Complementá-lo com suas inferências.
A ideia crucial aqui é que vocês saibam que não existe texto completo.
Não existe um texto que tenha todas as informações.
Algum nível de inferência a gente sempre vai precisar fazer.
E é importante que a gente sofchique a nossa capacidade de fazer isso.
Bom, ele é a laboração de questões pertinentes sobre o texto.
São as avaliações que nós mesmos fazemos da nossa leitura.
Então, a gente depois de ler um texto sempre tem que perguntar o que a gente entendeu e o que a gente não entendeu.
Porque é só por meio dessas perguntas que a gente vai conseguir alterar a nossa perspectiva sobre a leitura do texto e aprofundar a nossa compreensão.
Por fim, a gente tem o monitoramento da leitura, ou seja, o que é monitorar a leitura? Refletir sobre a nossa leitura.
Assumir o controle do nosso processo de entendimento.
É tomar consciência sobre a qualidade e o grau de compreensão atingido.
Significando isso, ficar ele no controle, acompanhamento do entendimento obtido.
O que demanda experiência leitura e envolvimento total com a tarefa.
Ou seja, quando a gente for ler um texto, a gente precisa ter sempre a consciência desse processo leitouro.
A gente precisa como se uma parte de nós tivesse efetivamente lendo e interpretando e outra parte mais acima tivesse vendo.
Mas será que eu estou entendendo o que eu estou lendo? Será que eu preciso voltar? Será que eu preciso relem um parágrafo? Como é que eu faço esse processo? Só estando consciente e monitorando a leitura.
Bom, agora eu queria fazer um exercício de aplicação que é sobre um texto que foi publicado no dia 29 de setembro de 2016, que é um texto que eu pedi para vocês leerem, que é o texto chamado Fucô, as palavras e as coisas.
Nesse texto, a gente tem aqui o título e aqui o olho, que seria o olho da notícia, mas isso aqui não é exatamente uma notícia, mas é um como se fosse um resumo do texto.
Que diz? É sintomático que temerodeio termo golpe.
Nas democracias esvaziadas, não se tenta usurpar apenas o poder político, mas também o sentido dos termos.
O que eu queria chamar atenção para vocês aqui nesse texto? Que a gente tem ali no título Palavras, depois termo e depois termos novamente.
Ou seja, é um texto que vai falar sobre as palavras e a relação das palavras com o poder.
Isso já fica muito explícito logo aqui no início.
Então a gente lendo só isso com bastante atenção, a gente já consegue prever com uma certa alta chance de acerto, vamos dizer assim, sobre o que vai tratar o texto.
Isso é uma estratégia leitura bastante eficiente.
Então, no primeiro parágrafo, a gente tem para fraseando um texto clássico de Michel Foucault, as palavras e as coisas, lemou ele shows, que agora em 2016, completa 50 anos de sua primeira edição, podemos afirmar que o poder se exerce sobre as palavras e as coisas.
E nesses dias trágicos da vida nacional popular, tal se mostra cada vez mais claramente.
O pensador francês nos faz ver ao longo de sua obra Argutte e Perspicas, que o poder não se exerce apenas sobre a forma dos aparelhos repressores, ou seja, o poder não é apenas a que ele que se impõe pela força física, pela coação do corpo.
O poder também se faz no e por meio dos discursos, mesmo aqueles que não são preferidos dos clássicos lugares do poder, são discursos de poder.
Por isso, o caráter discursivo do golpe não é menor que seu caráter político, são indissociáveis, pois não há política sem discurso, não há vida política sem ação das palavras, que significam e ressignificam as coisas.
Sem a palavra sobra o poder apenas a coação física, mas esta forma, embora possa ser mais rápido direta, é menos util, portanto, mais fácil de ser denunciada.
Espinosa, pensador 6centista, ao denunciar os mecanismos de poder, nos lembra que o maior poder é aquele que reina sobre os ânimos.
Ora, mas como se estrutura esse poder que dispensando a força física, se exerce diretamente sobre os ânimos, ele se estrutura pelos discursos.
É sustentado pelos palavras, uma vez que é uma vinculação direta entre os nossos ânimos e os sentidos das palavras e das coisas.
O exercício que eu queria fazer com você, com vocês, é separar.
Aqui, a gente tem ideias principais, destacadas em vermelho, e ideias secundárias sublinadas.
Aqui, a mesma coisa, as ideias principais, e uma ideia secundária.
E aqui, também, a ideia principal está no final do primeiro paral.
Eu fiquei exatamente aquilo que a gente já planejava pela leitura do título do texto sobre o que ele iria falar, que é exatamente do poder das palavras e da questão das palavras e do discurso.
Eu queria fazer mais um exercício para finalizar, que seria esse trecho que está em destaque, que agora, em 2016, completa 50 anos de sua primeira edição, necessariamente, precisa nos levar a perguntar.
Se a gente comemora o aniversário de um texto, significa que esse texto tem uma relevância porque ele tem um aniversário comemorado.
Então, essa é uma inferência.
E essa é uma inferência que a gente precisa começar a fazer, a partir da nossa leitura.
E, na segunda, e nesses dias trágicos, da vida nacional popular, que dias trágicos são esses? Se a gente lembrar, o texto foi publicado no primeiro semestre de 2016.
E sobre que dias trágicos o autor do texto está falando? A gente tem que lembrar que é o processo de impeachment que o autor do texto defende que é um golpe e a Dilma foi afastada por até 180 dias.
Isso aconteceu de a 12 de maio de 2016 e o texto que a gente acabou de ler é publicado cerca de um mês e meio depois dessa data.
Ou seja, isso é uma outra inferência que depende do nosso conhecimento de mundo que depende da nossa capacidade de leitura.
Bom, um convite agora para finalizar que tal você elaborar uma parafraza deste texto que a gente acabou de ler? Esse texto do FUCO que a gente leu o primeiro parágrafo.
Seria importante que vocês fizessem esse exercício.
Então, eu convido a todos que leia novamente o texto do FUCO tem que seguir as cinco estratégias leitoras primeiro e depois vão focar na segunda delas que é a elaboração de uma parafraza.
Combinado, nos vemos nas próximas aulas.